quinta-feira, 26 de junho de 2008

Fly me to the moon

Lembra aquela fada que veio me visitar, algumas várias noites atrás?
Então... hoje um duende me contou que ela morreu... caiu num rio, bateu a cabeça e se afogou. Daí, duas estrelas foram embora e algumas flores murcharam, que eram as que ela cuidava.
Hoje eu tô me sentindo como se tivesse alguma coisa dentro de mim prestes a morrer e isso me dá medo. Porque se fosse coisa ruim, a gente não liga que morra, que acabe, vá embora. Mas coisa boa, é triste, não é?
Se eu tô sentindo que alguma coisa em mim vai morrer e estou triste com isso, deve ser porque é uma coisa boa, não é?
Será que se eu cantar, bem alto, que "I do believe in fairies", que nem no Peter Pan, essa coisa vai ficar viva? Será que se eu conseguir enchergar o arco-írios no meio das nuvens cinzas, eu vou fazer essa tristeza passar?
O difícil é ter todas as soluções, saber que qualquer uma delas poderia resolver... e querer a mais impossível, apesar de ser a de resultado mais eficiente. Por que a Neverland não me apareceu antes, quando eu ainda era criança? Agora depois de grande, não adianta mais querer ficar lá, a gente não pode... Mesmo que a gente queira, não dá pra sair dessa idade, a não ser pra ir pra frente... Mesmo que a gente queira parar, a idade vai empurrando... e tem que fazer o que ela manda! É uma bruxa, que fica ameaçando a gente, se a gente quiser parar.
Eu preciso parar. Sei bem onde, aquela fada me ensinou, em outras visitas... e o duende disse que ela queria que eu parasse, pelo menos passasse mais vezes por lá, onde ela me ensinou a ir.
Eu gostei tanto de lá que por mim, não saía nunca mais. Eu gostei tanto de lá que sinto ser o lugar mais agradável e onde todas as coisas boas que existem em mim podem viver pra sempre, sem eu nunca ter que ficar triste, preocupada com qualquer uma delas...
Eu gostei tanto de certo abraço que nem sinto medo de nada.

sábado, 21 de junho de 2008

Rock robot



Desculllpem o atraso! Sabe como é, essa vida de estudante não é fácil!
:*

quinta-feira, 19 de junho de 2008

e-mail (mais um, nunca enviado)

"Ok, é dificil, mas eu tenho que admitir... Senti mais sua falta do que eu gostaria ou esperava sentir. Se eu gostei? Acho que não. É difícil sabe? Ficar com saudades quando a gente sabe que a outra pessoa não está sentindo o mesmo... É ruim querer alguma coisa, quando a gente sabe que nem é recíproco, nem tem chances de ser e nem vai ser.

É péssimo admitir uma coisa quando a gente não quer admitir... tanto por medo ou por orgulho (e no meu caso, de verdade, é os dois).

Quando eu estava na pasmaceira da minha vida, sem sentir falta de ninguém, além da saudade dos amigos, eu viva reclamando que queria gostar de alguém. Queria me apaixonar, queria namorar, queria me envolver e tudo mais... Mas não quero gostar assim... Assim é muito triste gostar!

Se esse vai ser outro e-mail daqueles confusos? Não, porque eu não estou nada confusa. To angustiada, com saudade, com idéias, com sorrisos, com frio na barriga, com nervosismo, to... (ai deus, que medo disso) apaixonada :S

E eu fiz de tudo pra evitar, mas não consegui. Não consegui não sonhar, não consegui controlar minhas mãos e palavras pra não escrever sobre isso... Não consegui ficar quieta, não consegui me conter e droga, acabei me entregando, mesmo sabendo que não tinha fundamento algum, nem esperança alguma de que a gente poderia dar certo."




Cara, eu escrevo cada coisa... Oo - pena que quem tem que ler, nunca lê :S


"O destino se diverte nos fodendo" - Renata Vieira - sábia filósofa da atualidade.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.

Vinicius de Moraes

...

Tem tanta coisa pra falar, mas agora, no momento, se eu pudesse só estar perto, seria mais do que o suficiente.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Da dança e da cumplicidade

Nessa semana e na semana que vem, na escola de dança que eu dou aula, a gente preparou três aulas especiais para o dia dos namorados. A idéia é: cada professora escolhe uma música e monta uma coreografia que trabalhe um pouco de sensualidade pras alunas que quiserem dançar pros namorados. Pra quem não quiser ou não tiver namorado, fica o aprendizado da expressão da dança, que também é muito válido.
Ontem foi o primeiro dia que eu passei a coreografia. Comecei, na verdade. Tá ficando legal, eu não quis usar uns movimentos muito difíceis pra elas não ficarem muito desengonçadas, então é relativamente fácil. O difícil é, pra algumas alunas, juntar movimentos, olhares, expressão... Mas tá indo bem... Pessoal tá super animado. Quem não gosta de fazer um agradinho pro amor, né?
Além de passar a coreografia, é claro que a gente incentiva as meninas a dançarem pros namorados/maridos. Se elas estão com eles há tempos, confiam e acham que seria uma boa, por que não? Fora que, sem incentivo, fica meio sem graça e desanimado simplesmente passar a coreografia...
Apresentações no palco são completamente diferentes de apresentações particulares. Ter a pessoa ali, te olhando, reparando em todos os seus detalhes... Estar dançando única e especialmente praquela pessoa é de fazer disparar o coração.
No palco é emocionante sim. Muito, todos os seus amigos foram ver, a família, os amigos das outras alunas, as famílias... Montes de gentes... Ensaios, cenários, roupas pra trocar, as outras meninas do grupo... Tantas coisas, tanto brilho, tanto glamour! Emocionante, com certeza!
Agora, pra uma pessoa só... Dançar pro cara que se ama, pra quem você beija e escolheu estar junto é emocionante³. É um momento cheio de cumplicidade, de olhares e sedução. De cheiros, mãos, movimentos que pretendem não só seduzir, mas também demonstrar o quanto aquela pessoa é importante por estar ali, assistindo uma apresentação única e especial.
Eu acho que tem que gostar muito da pessoa, considerar demais a relação dos dois e confiar mais ainda, pra conseguir deixar a vergonha de lado e realmente sentir vontade de dançar pra alguém. Pra dançar pra alguém, tem que estar bem claro o quanto aquela dança é importante, o quanto todo o ambiente, incensos, roupas, sorrisos e toda a preparação significam. E significam muito mais do que uma simples dança pra seduzir alguém... Isso pelo simples fato de não ser qualquer dança e nem qualquer alguém.

p.s.: montes de palavras e ainda não foram suficientes pra mostrar os amores ;~~