sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Fairy tales

Todos têm milhares de histórias bonitas, interessantes e emocionantes pra contar. É só olhar ao seu redor e prestar atenção em si mesmo... Esse é um dos grandes segredos
O outro é ler bastante e ter várias estratégias de explicar os acontecimentos, pra prender o ouvinte, criar um suspense e variar o "era uma vez".
Dá até pra escrever um livro.


" I do, I do, I do believe in fairies!"

Ontem a noite, por exemplo, ninguém vai acreditar, mas tinha uma fada no meu quarto, juro! Ela entrou voando pela janela, rodopiou por cima da minha cama, batendo as asinhas e soltando um pózinho que parecia purpurina. Era pequenininha e parecia uma criancinha em miniatura, estava de vestidinho azul e as suas asinhas eram pontudas e de furtacor, tão linda! Não deu pra ver direito, mas tive a impressão de as orelhas dela serem alongadas e ela tinha sapatilhas douradas nos pés... um mimo! Eu nem tentei falar nada, nem tocá-la porque eu fiquei com medo de ela querer ir embora... Daí, ela começou a fazer um barulhinho que parecia uma musiquinha de borboleta (consegue imaginar uma música de borboleta?) e quando eu pisquei um pouco de sono, ela desapareceu...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mar e Ana


A Menina e o Mar, por Alan Bariani.

Era uma vez uma menina
Era uma vez um mar.

O mar gostava da menina
E a menina com certeza amava o mar.

A menina não sabia
Mas era pra ela que o mar dançava.

Pois como vocês sabem
O mar gostava dela.

Um dia a menina resolveu dançar também
E nesse dia.

Nesse mesmo dia
O mar também a amou.

Sim, o mar se encantou
Pela menina que também dançava.

Mas algo saiu errado
Pois não foi só o mar que por ela se encantou.

A dança da menina encantou
Um bocado de gente.

Gente que hoje em dia
E todos os dias.

Ama o Mar
E ama a Menina.

*__________________*

Há alguns presentes que a gente ganha, às vezes, que ajudam a, como diriam os meus amigos do TM: amanhecer brilhando mais forte, Mareana, algo muito bem lembrado por outro bom amigo.

Obrigada por mostrarem que não vale a pena deixar de dançar.
E nem eu sei dizer quem sabe o quanto eu sinto falta de quem tá longe e eu queria que tivesse perto...


:**

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Julgamentos e preconceitos


Ser julgado é péssimo.
Ser desvalorizado como pessoa que tem sentimentos, conhecimento e vontades faz com que quem sofre esse desvalor se sinta um lixo. Eu estou, infelizmente, vivendo a situação em que soube o quanto algumas pessoas, as quais, um dia, foram importantes, me vêem como um reles objeto. O nó na garganta que dá e a consciência de me sentir um nada são atormentadores. Estou me sentindo uma menina qualquer, sem lugar ou importância. Eu me senti um ser desprezível quando percebi o quanto algumas pessoas não se importam com o que eu sinto/sentia e penso.
Imagina, uma pessoa do seu apreço, em quem se costumava confiar, te vê só como um corpo que pode ser usado pro seu prórpio prazer. Imagina se sentir usada assim, quando desconsideram sua racionalidade, sua inteligência, emoções e sentimentos e querem só o seu corpo, como se fosse um animal irracional que segue apenas instintos, um bicho perdido na rua que servisse só pra ser chutado e maltratado.
Imagina, agora, o estado em que a minha auto-estima se encontra diante de pensamentos do tipo: pra que alguém ia querer algo mais comigo? Quem eu penso que sou pra achar que alguém ia gostar de mim, simplesmente por eu ser quem eu sou? Ainda mais se julgam o meu ser completamente errado, fora dos padrões e sem valor.
Não que eu nunca tenha cometido erros, não que eu não mereça alguma retaliação por causa das maldades que fiz e pelos impulsos inconsequentes que eu segui, mas ser desvalorizado a esse ponto, ninguém merece. É como os brancos que viam os escravos como bichos e não como seres humanos, capazes de raciocinar. É como ser condenado à prisão por um crime não cometido. É estar no lugar errado, na hora errada e todos esses clichês que representam bem a maldade de outras pessoas por preconceito ou idéias machistas ou atrasadas.
Nesse caso, meu erro foi me envolver demais, dar liberdade e confiança demais pra quem não merecia. E nisso, quase sempre, eu me engano... Nessa hora, eu paro e penso que eu quero pôr uma pedra enorme nesse assunto e recomeçar em outro lugar. Mais do que nunca ir embora e deixar todas essas pessoas desagradáveis e as lembranças tristes pra trás. Como eu gostaria de enterrar os últimos anos e ir pra onde ninguém me conheça, onde ninguém tenha nada sobre mim que possa ser usado contra mim, pra me machucar de novo. Eu queria poder ser, tranquilamente, a menina que eu estou sendo agora, mas ninguém deixa, por causa dessa imagem distorcida que fizeram de mim (admito, com alguns motivos, mas não precisa exagerar ¬¬). Pior de tudo, já brigaram comigo por causa do meu jeito, quiseram que eu mudasse e agora não aceitam a mudança. Acontece que eu já mudei e ninguém sabe o quanto dói olhar pro lado e ver as pessoas que eu considerava bons amigos me desvalorizando e fazendo maus julgamentos desse jeito.
E esse foi só mais um daqueles desabafos que eu escrevo quando a minha maior vontade era de gritar e mandar todo mundo cuidar das suas próprias vidas (pra não dizer coisa pior).

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O amor que choveu

publicado na revista Capricho por Antonio Prata
(só porque eu gosto muito dele e esse texto, meu Deus, esse texto...)

Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado).
O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela?
O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura -- só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava.
O que é que eu faço? -- perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! -- diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978.
Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele -- se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.
Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor.
Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Falhas da memória



Não adianta. A gente tenta, tenta, tenta, mas sempre acaba voltando pro mesmo lugar.
E sabe qual é ele? O temível lugar do esquecimento. Do olvidar. Do apagar. Do deixar sair da memória e perder a lembrança. Há muitas definições e o sentimento é o mesmo: ser esquecido é péssimo. Ser ignorado é terrível. Sentir-se deixado de lado é dolorosamente triste.
O mundo dá volta e as pessoas que foram importantes, um dia, vão embora, arrumam outros compromissos, outras pessoas, outros amigos e a vida continua seguindo. Eu também faço isso, todo mundo segue a vida, arruma novos amigos, se afasta de outros, esquece alguns, reencontra aqueles. E eu sinto isso. Alguém que eu menos espero vem e fala que ainda bem que eu estou sempre ali, o outro nunca nem lembra mais de dar um telefonema. Alguém que a gente quer tanto por perto, esquece do aniversário, o outro manda uma carta de surpresa, apenas porque sentiu saudades.
E é uma pena um dia a gente querer tanto alguem e dali alguns tempos nem lembrar do sobrenome dela. Ou ficar tantos anos convivendo com um amigo e quando um muda de cidade, tudo acaba. Passar o segundo grau todo ao lado de uma pessoa e de repente, ela viaja pra fora e nem avisa, apoiar uma amiga enquanto ela está solteira e ao novo namorado, ela nem lembra mais e nunca mais tem tempo... (espero que quando eu esteja namorando, eu não faça isso. Se fizer, por favor, avisem e briguem comigo, assim como eu faço com ela).
Mas não adianta, por mais que eu tente, tente e tente de novo estar perto de todo mundo que me importa, algumas pessoas, um dia a maioria delas, simplesmente vai esquecer. O lado bom disso tudo é que a gente sempre aprende alguma coisa de bom com todas as pessoas que passam por perto, e uma coisa que eu sempre ensino pras minhas alunas é que a partir do momento que se aprende uma coisa realmente, que fica incorporado o que foi aprendido, nunca mais se esquece.

Agora dá licença que eu vou sair com uma amiga que me ensinou a me divertir com o pouco que se tem aqui na roça hehehe =p

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Café na veia.

A pessoa já vai deitar sem sono. Aí, demora pra achar um jeito confortável o suficiente pra sentir sono. Depois disso, começam os pensamentos sobre todos os programas, problemas, preocupações e trabalhos. As idéias, críticas e sugestões sobre tudo se misturam ao estado de semi-sono que começa a aparecer e tudo fica um pouco mais confuso, fazendo a mente não se desligar. Então, começa o calor. Muito calor, a nuca fica suada, a testa suada, as costas... e o lençol fica insuportavelmente quente. Sem o lençol é estranho dormir, com o lençol é quente, não dá. De lado dói a perna, de barriga pra cima o teto fica muito aparente, de barriga pra baixo, dói o pescoço, os olhos pesam, o cérebro não cala a boca e assim, o dia amanhece e a pessoa tem que levantar as 7, enfrentar um trânsito que não é de Deus, chegar atrasada na aula e estudar o resto do dia. Café. Direto na veia, daqui algum tempo. No mínimo, a pessoa vai começar a apelar pro pó de guaraná e aí que não dorme nunca mais.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mar e Ana paulista wannabe

Mar e Ana diz:
eu qro ir embora pra sp
"Bruno" diz:
ahhh naum
"Bruno" diz:
sampa eh um cidade mto pecaminosa
"Bruno" diz:
aHUhuaHUahua
Mar e Ana diz:
ah é
Mar e Ana diz:
e dae?
Mar e Ana diz:
adoro cidades pecaminosas q tem MILHARES de coisas pra fazer
Mar e Ana diz:
MILHARES de pessoas
Mar e Ana diz:
MILHARES de problemas
Mar e Ana diz:
transito engarrafamento poluição
Mar e Ana diz:
LIVRARIAS ENORMES, PARQUES ENORMES, MUSEUS
Mar e Ana diz:
mercado publico
Mar e Ana diz:
feiras
Mar e Ana diz:
pasteis
Mar e Ana diz:
cerveja cara
Mar e Ana diz:
ahuahauhauha
Mar e Ana diz:
praia do lado, apesar do engarrafamento
"Bruno" diz:
realmente
"Bruno" diz:
assim vc me fez sentir falta de londrina
"Bruno" diz:
masss naaaaaaa
"Bruno" diz:
maringá eh mto bom tb
"Bruno" diz:
=]
Mar e Ana diz:
maringá sucks
Mar e Ana diz:
odeio maringá
Mar e Ana diz:
q q tem d bom aqui, pras pessoas da nossa idade?
"Bruno" diz:
ahm...
"Bruno" diz:
cinema
"Bruno" diz:
filmes em casa
"Bruno" diz:
saum bons programas pra mim
"Bruno" diz:
tah certo q de um modo geral
"Bruno" diz:
a cidade eh meio morta as vezes
"Bruno" diz:
massss
"Bruno" diz:
tudo bem
Mar e Ana diz:
isso a gente precisa tá em maringa pra fazer?
Mar e Ana diz:
tudo bem nada, ce nem mora mais aqui.


Carlinha:
SÓ FALTOU VOCEEEEEEEEEEEEEEEEE

Stela:
To beeem, vem pra SP!! ahahahahabeijao =**

Renata: Mar e Ana, eu agradeço todos os dias por você ser uma menina que não tem o que fazer e fica dando oi para pessoas perdidas na internet.... ter te conhecido foi uma das melhores coisas que me aconteceu em 2007 (pra você ver como o ano foi ruim...hahahaha). Gosto muito de você e nossas horas no msn sempre são momentos muitos divertidos... mesmo quando você está 'de cara' com tudo... sinto uma ENORME saudade de quando você estava por perto e podiamos ver videos no youtube (só o do Peanut foram umas 269 vezes né?!) e gritando do quarto pra mim "Silence, I kill you"!
Vem logo pra SP!!!
Ou melhor.... vamos logo pra Londres!!!!!!!
te amo, Mar e Ana Gay!
(Julian Mussarela Gato manda um oi!)


Isso explica um pouquinho, mas bem de leve, porque eu quero ficar lá e não aqui.
Maringá sucks.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A música toca.

Ao olhar antigas fotos, ela se deparou pensando no grande carinho que tinha por aqueles quatro caras. Um tão diferente do outro e sempre tão próximos. Lembrou-se de quando se conheceram, todas as conversas, alegria e risadas...
Em cada um, ela conseguia ver uma amizade bonita, forte, sempre com alguma coisa boa, alguma ótima razão pra andar junto. E todos com tanto amor à música, do mesmo jeito que o dela, mas de qualquer jeito, todos diferentes. Cada um com seu amor, cada um com a sua música e ela se sentiu tão longe daqueles quatro caras quando pensou que de repente, algum dia, eles poderiam não mais ouvir músicas juntos... E se a vida levar tudo isso embora, como vai ficar o silêncio?
E pior que, depois, ainda veio mais gente, só pra complicar a situação e aumentar a banda. E olha quanta gente tem agora por aqui! Dá pra formar uma trupe e sair rodando o mundo, cada um com seu talento, cantando, dançando e tocando todas as músicas. Nunca em silêncio, sempre com muito batuque, guitarra, violão e voz. Sempre com muita gente, muito riso e palavras, sempre todos dançando juntos.
Mas daí veio a distância, os trabalhos e a responsabilidade do dia a dia e aquela lembrança do "de repente não ouvir a música mais juntos" começou a ser uma realidade e ela se sentiu num silêncio absurdamente pesado.
Sorte, que de respirar fundo e olhar pro lado, ela ainda consegue ver que tem muito de todas aquelas pessoas e mesmo que num volume mais baixo, a música toca. É só se concentrar e prestar atenção que ainda dá pra ouvir, pra sempre.

(Ela promete que, dependendo dela, nunca vai parar de tocar nenhuma música)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Uma história de vida e outra de vida também.

(O amor nasce.)

Once upon a time,
uma menina e ela estava lá, parada na porta.
O dia estava claro, com algumas nuvens da chuva que acabara de ir embora. O chão ainda mostrava a presença da água e ela na porta. Olhando, esperando e olhando.
De repente, tão rápido quanto um urso panda no começo do inverno, o amor veio. E era primavera.
Forte.
Grande.
Inevitável.
O amor veio forte como uma avalanche nas montanhas nevadas de onde tem montanhas nevadas. Grande como algo impossível de se abraçar, de tão grande que é. Inevitável como uma bomba jogada na guerra, para explodir e matar. Assim, ele morreu de amor quando a viu parada na porta. Olhando. A mesma cena de alguns meses atrás se repetia nesse dia claro de chuva ida embora.
O amor explodiu nele e destroçou todo o vestígio de não vida que ainda existia ali. O amor explodiu e o rapaz começou a viver. E ela estava parada na porta, olhando o dia que não chovia mais, enquanto todos esses pensamentos sobre o amor gigante e avassalador passavam pela cabeça dele que também a olhava.
Ele entrou pelo portão, caminhou os quilômetros que os separavam no pequeno quintal. Até ela. Devagar, a menina moveu o rosto e parou seus olhos claros, azuis como o céu depois da chuva, nos olhos dele. Castanhos.
Uma brisa bateu, ela sorriu e lhe estendeu a mão. A brisa passou por ele, sorriu de volta e entrelaçou os dedos nos dela.
O amor explodiu, devastando toda a solidão que antes havia ali. Eles se abraçaram e começaram a viver.


(O amor morre.)
Eu poderia escrever mais. Na verdade, eu passaria a noite toda escrevendo ou falando sobre o amor dos dois que explodiu naquela tarde. Porém a noite é curta e que se deixe o amor deles viver e se ir em paz.

Não há nada mais que falar, a não ser sobre esse amor gigante que acaba de partir de mim. Era amor, realmente. Adoeceu, no fim das contas, depois de tantas bactérias-ofensas, vírus-preocupações e outras tantas doenças de outros seres minúsculos-frustrações e decepções diárias. Por fim, o amor pegou AIDS e não pôde mais se defender de nenhuma doença.

Morreu.

E foi devagar. O amor aproveitou seus últimos dias de uma maneira absurdamente feliz, como se não houvesse doença alguma e já não estivesse totalmente fraco e abalado. Seus últimos dias de consciência foram lindos. Até que parou de tomar os remédios, depois que a tuberculose ofendeu-o pela última vez.

Ele decidiu: "Não, não quero, não preciso e nem mereço mais viver."

Ainda demorou quase um ano e pouco, e dia a dia, noite após noite, o amor se apagou. Sem os remédios, ele se enfraqueceu. Vez ou outra, ainda assim, ele se arrependia de se deixar morrer depois de ter luatdo tanto e por tanto tempo. Tentava até se recuperar, mas então batia aquela melancolia da certeza do não-volta e as lembranças de tantas doenças doloridas voltavam e o amor aceitou que realmente não valia a pena.

Com a chegada do fim do ano, uma última vez, o amor se sentiu vivo, mas doeu tanto que lhe pareceu tentarem arrancar-lhe o coração. Doeu, chorou. No dia seguinte, amanheceu muito mais fraco. Já não via a hora de se tornar apenas mais uma história na vida.

Em mais alguns dias, a AIDS não permitiria mais reação alguma e as outras doenças, principalmente a pneumonia-decepção e a tuberculose-ofença, terminariam por dominar tudo e matá-lo. Finalmente.

Assim a morte veio. Calma e bela, sorriu um sorriso gentil e pegou o amor pelas mãos. Puxou-o levemento para si e deu um abraço delicado. Pobre amor, já estava em destroços, quase invisível. Me sorriu ao abraçar a morte.

Os dois deram tchau de longe e quando desapareceram no horizonte, meu coração deu um suspiro fundo e voltou a viver, leve.
(Outro amor, agora, pode nascer)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Superhero!

Se eu fosse uma personagem de quadrinhos e o Alan me desenhasse, eu seria mais ou menos assim: (obrigada Alan, ficou super legal :} e a história por trás do desenho também é boa hehehe, outro dia eu conto aqui)

E segundo um teste de personalidade que a Carlinha mandou, eu seria a Emma Frost :}
Não achei o link do teste da Carla, mas tem esse no google que é bem legal também:
http://quizfarm.com/quiz_repository/Find_out_which_among_23_Marvel_characters_your_personality_is_closest_to_/51355/

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Coisas boas de se fazer:

Lavar as mãos. Com sabonete de pitanga.
Cheirar o pescoço. Daquela pessoa tão linda
Ver as estrelas. Abraçado com a pessoa linda que é bom cheirar o pescoço.
Ler um bom livro e dar risada com ele. Quem sabe chorar também.
Ouvir uma musica que dê vontade de dançar
Ter com quem dançar
Beber água gelada. Tomar sorvete de palito quanto estiver com calor.
Ouvir "Rosa" do Pixinguinha. Cantada pela Marisa Monte. Ouvir "Bebadosamba" do Paulinho da Viola.
Passar uma tarde, conversando com um amigo. E uma noite vendo filmes.
Caminhar na praia, no parque, no bosque. Caminhar.
Ver o sol nascer.
Ver o sol se pôr.
Cortar o cabelo e fazer hidratação.
Tirar fotos de quem e com quem se gosta.
Cuidar do seu gato. Ou do seu cachorro. Ou do papagaio ou qualquer outro bicho de estimação.
Ter um bicho de estimação.
Ganhar um beijo na boca quando se está apaixonado.
Sonhar com o beijo.
Ir ao cinema toda sexta, ou sábado, ou domingo. Ou de quarta-feira que todo mundo paga meia.
Ficar deitado na rede, olhando pro nada, até dormir.
Nadar na piscina, descer numa boia na correnteza do rio e furar ondas do mar.
...
Escrever.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Desesperadamente tentando ser alguém.
Tentando.







Oi, alguém me percebe?


p.s.: por que esse tipo de coisa sempre me ocorre aos domingos?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Adouro *.*

E o Carnaval da roça de Maringá:
em plena sexta-feira, uma mais especial que as outras porque é Carnaval, todo mundo pra quem eu pergunto sobre o que fazer, responde: Não sei, e você?

Se eu estou fucking perguntando, de certo é porque eu não sei o que fazer!
Me sinto tão lost nesse Carnaval aqui... O último foi tão coolissimo, BEM LONGE DE MARINGÁ.

Uma beleza a programação da cidade: NADA. Aí pra compensar, amanhã tem tudo ao mesmo tempo.
E amanhã eu não vou.
Maratona de Heroes, me aguarde :D


musiquinha que rola na cabeça hoje:

Noite dos mascarados

Quem é você?
Adivinhe, se gosta de mim
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:

Quem é você, diga logo
Que eu quero saber o seu jogo
Que eu quero morrer no seu bloco
Que eu quero me arder no seu fogo

Eu sou seresteiroPoeta e cantor
O meu tempo inteiro
Só zombo do amor
Eu tenho um pandeiro
Só quero um violão
Eu nado em dinheiro
Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte
Não sei mais dançar
Eu, modéstia à parte
Nasci pra sambar
Eu sou tão menina
Meu tempo passou
Eu sou Colombina
Eu sou Pierrot

Mas é Carnaval
Não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar,
Deixa o barco correr
Deixa o dia raiar
Que hoje eu sou
Da maneira que você quiser!
O que você pedir, eu lhe dou
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!

(Ai ai Chico... *.*)

Pérola

Beto Carrero morreu gente!
E o Heath e o tiozinho do Sob nova direção...
Credo. Berenice, segura Dona Morte!
E a pérola do dia foi o comentário da pessoa mais humanitária e preocupada com as causas mundiais que eu conheço (minha irmã):
"Aaahh que coisa triste vocês ficarem se lamentando por causa de gente rica e famosa que morre, enquanto tem um monte de criancinha morrendo de fome na África." Falando pra mim e pra minha manhê.
Eu mereço?
Sim, só pode.