sábado, 12 de janeiro de 2008

Personagem

Eu prometo pra mim mesma que vou parar de falar que vou parar de fumar. Quem sabe assim eu não paro? (ou um ou o outro)
Também vou parar de falar que vou fazer academia e emagrecer... e vou parar de me achar a solteirona da minha turma de amigas (apesar de isso ser um fato). E isso só acontece porque eu quero... e porque os caras que me aparecem são todos ridiculamente não-normais. Alguém comum está disponível, por favor?
Então, não te interessa meu nome, por enquanto. De qualquer forma, estou me apresentando,de modo geral: sou professora de matemática particular de duas meninas de 8 e 10 anos e em período integral eu trabalho numa agência de viagens... Ok, eu sou a dona da agência. Sou formada em violão clássico, gosto de compor algumas melodias, às vezes, mas sou péssima com versos. Só gosto de prosa e de prosear e de ler, apesar da matemática que é a paixão da minha vida!
Já conheci muitos lugares ótimos por causa da agência... e já me ferrei bastante por causa dessas viagens...
Estou, atualmente, tentando parar de fumar, desde o segundo trago que eu dei na vida há uns sete anos, quando eu tinha 21. Isso, façam as contas, eu tenho 28. Faço 30 em um ano e cinco meses e ainda não tenho planos de me casar, nem namorado. Alguma crise quanto a isso? Não SIM! Gostaria de me casar antes dos 30 e ter pelo menos um filho antes dos 35... Antes de morrer, são os planos atuais... Temos que nos adaptar à nossa realidade!
Vai que eu morra amanhã? Nunca se sabe! Vou morrer sem ter filhos, pra frustração das minhas tias que já me acham solteirona.
Morei na roça até os 19, quando decidi, tardeamente, fazer faculdade de turismo na capital... Em Belo Horizonte, oras por que não? Meu jeito caipira de falar mudou rapidinho nos primeiros dias de convivência com o pessoal da faculdade, quando eu descobri que meu R era indecente e o meu sotaque do interioooooorrr de Minas era ridículo. Fico horrorizada até hoje quando vou pra casa rever os parentes. Renegando as origens? Não, nunca! Apenas não gosto do jeito deles falarem, alguma coisa contra?
Depois da faculdade, me amiguei com o cara que pretendia abrir a agência...Ai Pedro... Fiquei louca por ele, até me acostumar a tê-lo por perto... Fomos morar juntos, eu tava trabalhando em outra agência e ganhava razoavelmente bem pra poder investir num negócio, junto com sócios, é claro.
Ele morreu, dois anos depois, num acidente de avião. Da TAM. Então, aos 24, eu estava solteira, com um pseudo-marido morto, sendo, portanto, uma pseudo-viúva, dona de uma agência de viagens em Belo Horizonte, fumante, com algumas poucas quatro amigas que saíam (e ainda saem) comigo nos finais de semana os quais começam às quintas-feiras, no bar do Zé, na esquina da casa da Flávia (uma delas).
Esse ano da morte do Pedro foi o pior, eu bebia e fumava demais, me tranquei em casa durante um mês, não atendia telefones e eu não podia aceitar que Deus tivesse tirado aquele cafajeste da minha vida! Até hoje acho injusto... e não acredito em Deus.

Muita informação? Nem tanto... informação vocês terão mais quando sair a história publicada em livro...ou em qualquer rascunho... ou no blog...Anyway! Assim que a Mariana conseguir escrever mais alguma coisa, sem tanta pressa para sair para encontrar-se com as amigas dela.
Aaah essa juventude!


p.s.: o q banhos demorados não rendem ham?

2 comentários:

Alessandra Castro disse...

Oh uau! Nunca tinha lido um post assim! Tão cru e vivo ao mesmo tempo. Me emocionei e me indentifiquei, sinto muito pelo rapaz do acidente, não faço nem idéia de como algo assim pode afetar uma vida.

Eu quero parar de fumar aos 25. Má quer saber? Tou a ponto de desistir de relacionamentos, sério mesmo.

Beijos =*

Douglas Funny disse...

Hum... gostei desse post... uma personagem bem viva!!... pelo jeito ela ainda naum tem nome...

Tem um plano de vida e sem nome ela pode ir muito longe... mas sinto pelo marido...

Agora vai ter q escrever esse livro... já to curioso...

Bjokas!!